ATA DA OCTOGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 10-09-2015.

 


Aos dez dias do mês de setembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulo Brum, Rodrigo Maroni e Séfora Gomes Mota. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 155/15 (Processo nº 1709/15), de autoria de Alberto Kopittke; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/15 e os Projetos de Lei do Legislativo nos 145, 157 e 159/15 e (Processos nos 1290, 1598, 1713, 1719/15, respectivamente), de autoria de Clàudio Janta; o Projeto de Lei do Legislativo nº 166/15 (Processo nº 1809/15), de autoria de Dinho do Grêmio; o Projeto de Lei do Legislativo nº 186/15 (Processo nº 1966/15), de autoria de Marcelo Sgarbossa; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/15 (Processo nº 1958/15), de autoria de Márcio Bins Ely; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/15 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 191/15 (Processos nos 1273 e 1991/15, respectivamente), de autoria de Reginaldo Pujol; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 182/15 (Processo nº 1952/15), de autoria de Waldir Canal. Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Prefeito: nos 1018 e 1049/15, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/15 e o Projeto de Lei do Executivo no 026/15 (Processos nos 2099 e 2098/15, respectivamente); e nº 1047/15, informando que se ausentará das dezessete horas e quarenta e sete minutos do dia dez de setembro às dezesseis horas e trinta e um minutos do dia onze de setembro do corrente para participação no I Congresso Internacional Cidades & Transportes, no Rio de Janeiro. Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria de Jussara Cony, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias três, dez e onze de setembro do corrente. Do EXPEDIENTE, constaram Comunicados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitidos nos dias treze e dezoito de agosto do corrente. Em prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a registrar o transcurso da Semana da Pátria, nos termos do Requerimento nº 109/15 (Processo nº 1941/15), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa: Mauro Pinheiro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Marcelo Cantagalo, representando o Comando Militar do Sul; José Eduardo Rupental, representando o Quinto Comando Aéreo Regional; e Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional. Na oportunidade, foi ouvido o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Mônica Leal, Sofia Cavedon, Rodrigo Maroni e Paulinho Motorista. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Bernardino Vendruscolo. A seguir, o Presidente concedeu a palavra a Júlio César Teixeira. Após, foram ouvidos o Hino Rio-Grandense e a Canção do Exército, executados pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e quarenta minutos às quinze horas e quarenta e um minutos. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin Krieger, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em seguida, o Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL a Mauro Pinheiro. Após, foi apregoado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para Professor Garcia nos dias cinco a dezenove de setembro do corrente. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 041/15, de autoria de Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, do dia treze ao dia quinze de setembro do corrente, na IV Convenção do Sistema COFECI-CRECI, em Curitiba – PR. Após, foi apregoado o Ofício nº 1044/15, do Prefeito, encaminhando Projeto de Lei do Executivo nº 025/15 (Processo n° 2084/15). Também, foi apregoada a Emenda nº 10, assinada por Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago e Reginaldo Pujol, ao Projeto de Resolução nº 020/11 (Processo nº 3295/11). Ainda, foi apregoado o Projeto de Lei do Legislativo nº 133/15 (Processo nº 1398/15), de autoria de Titi Alvares. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão: os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 019 e 023/15; o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/15 e os Projetos de Lei do Legislativo nos 256/14, 056, 100, 120, 135, 152, 165, 173, 174, 175, 176, 179, 180, 185, 189 e 153/15, este discutido por Reginaldo Pujol, e o Projeto de Resolução nº 037/15. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, esteve, em 4ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, discutido por Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Kevin Krieger e Delegado Cleiton. Durante a sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, de Paulo Roberto de Carvalho Ferro, Uirassú Litwinski Gonçalves e Marco Dangui. Às dezesseis horas e vinte e dois minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e João Carlos Nedel e secretariados por João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso da Semana da Pátria, nos termos do Requerimento nº 109/15, de autoria da Mesa Diretora.

Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Estado; o Coronel de Cavalaria Marcelo Cantagalo, representante do Comando Militar do Sul; o Coronel Aviador José Eduardo Rupental, representante do 5º Comando Aéreo Regional.

Convidamos todos os presentes a cantar o Hino Nacional, executado pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda sob a regência do 1º Tenente Carlos Alberto.

 

(O Hino Nacional é executado pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda .)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Esta homenagem foi proposta pela Mesa Diretora da Câmara, mas a nossa Ver.ª Mônica Leal falará em nome da Mesa e dos Vereadores, até pela sua trajetória como filha de Coronel.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Mauro Pinheiro; Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Estado; Coronel de Cavalaria Marcelo Cantagalo, representante do Comando Militar do Sul; Coronel-Aviador José Eduardo Rupental, representante do 5º Comando Aéreo Regional; Tenente Carlos Alberto, Regente da Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda.

Falo em nome da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre no período de Comunicações em homenagem à Semana da Pátria, e quero agradecer, Sr. Presidente, pelo privilégio, pela oportunidade – eu que sou filha do Cel. Pedro Américo Leal, que tenho a minha vida muito ligada à família verde-oliva, que cresci junto da família militar, e que sempre digo, em todas as oportunidades, que me orgulho muito porque aprendi a amar a Pátria, os símbolos, e o respeito e cuidado com o outro através desse convívio. O Sete de Setembro é uma referência importante na história do nosso País, porque representa a data em que o monarca D. Pedro I, soberano na época do Brasil império, declarou independência do colonizador Portugal, passando a ser uma Nação livre. Nesse contexto, a data é um feriado destinado a homenagear os grandes nomes da história e enaltecer os feitos da época. Entretanto, nos dias de hoje, o Sete de Setembro é um mero dia de descanso para a maioria das pessoas. Há uma falta de consciência cívica, de amor e devoção à Pátria. E por que esse sentimento de patriotismo está em extinção? Por que só sentimos orgulho de sermos brasileiros quando somos representados por atletas em eventos como Olimpíadas, Copa do Mundo, campeonatos de vôlei, tênis e outras competições internacionais? A falta de patriotismo do povo brasileiro é decorrente de uma verdadeira crise de representatividade, de ética nas esferas pública e privada. A cada dia, a população se depara com novos casos de corrupção e está exausta pela indiferença do Governo diante dessas situações. As expectativas dos cidadãos, ampliadas pelas promessas feitas em campanhas na época de eleições são frustradas diariamente, quando se percebe a prevalência dos interesses individuais sobre os coletivos. Para que renasça o patriotismo entre os brasileiros, os governantes devem direcionar esforços e conduzir ações que possibilitem o acesso à educação de boa qualidade, ao emprego, à saúde, à segurança, e a vida digna para todas as classes sociais. O trabalho do Juiz Federal Sérgio Moro conduzindo uma surpreendente faxina política deflagrada com a Operação Lava-Jato, assim como a iniciativa do Ministério Público Federal, pelo lançamento da campanha “Dez medidas contra a corrupção”, a qual eu fiz Moção de Apoio, dia 18 de agosto passado, são passos dados em direção a um País do qual nos orgulhemos mais. Essa importante ação do Ministério Público, que se desdobra em vinte projetos de lei, inclui o aumento da transparência e proteção à fonte de informação; a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos; o aumento das penas para o crime de corrupção envolvendo altos valores; o aumento da eficiência nos recursos do processo penal; a celeridade nas ações de improbidade administrativa; a responsabilização dos partidos políticos com criminalização do caixa 2; o bloqueio de bens obtidos ilicitamente; medidas legislativas para evitar que o criminoso mantenha o patrimônio obtido ilegalmente. Por meio de endurecimento frente à corrupção, o Poder Judiciário busca resgatar o patriotismo e dignificar o nosso País. Há ainda um longo caminho a percorrer até que essas propostas sejam analisadas e votadas na Câmara dos Deputados. Mas o mero conhecimento dessas ações lideradas pelo Ministério Público renova a esperança dos brasileiros numa democracia em que as leis serão aplicadas a todos igualmente. Essa esperança é o que ainda restringe o êxito de brasileiros que buscam em outros países o respeito às leis e à probidade administrativa que o Brasil ainda não pode oferecer. Felizmente, ainda existem brasileiros que sonham com um Brasil que pode ser diferente. Brasileiros que estão dispostos a fazer a sua parte para que as mudanças se concretizem. O povo, quando vai às ruas protestar, está fazendo a sua parte; quando paga impostos, está fazendo a sua parte; quando não denigre a imagem de seu próprio País em redes sociais, está fazendo a sua parte. E fazer a sua parte é uma maneira de agir com patriotismo, não podemos esquecer jamais o lema “Ordem e Progresso”, estampado em nossa bandeira, norteia o valor e o objetivo que os brasileiros tanto anseiam, mas esse objetivo tem que ser buscado coletivamente, com a colaboração dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo e do Ministério Público, com a necessária participação do povo brasileiro. Um dia haveremos de comemorar com verdadeiro orgulho e patriotismo um Sete de Setembro que poderemos chamar, verdadeiramente, de Dia da Pátria, um dia que eu espero não estar muito longe.

Obrigada a todos pelo privilégio de estar aqui no dia de hoje, com muito amor à minha pátria, ao Brasil e, principalmente, à família verde-oliva, a qual eu tenho a honra de representar, e tenho, neste momento, assistindo na televisão, o meu pai, o Coronel Pedro Américo Leal. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu também acho que falta muito para declararmos a nossa independência. Todos nós estamos insatisfeitos com o Brasil que construímos até agora. Infelizmente, o Brasil, em relação aos demais países do mundo, mais tempo levou escravizando o povo negro. Quase 400 anos de escravização de milhares de homens e mulheres despossuídos de terras, de cultura, de direito à educação, de retribuição por seu trabalho constituem este Brasil. O autoritarismo de quase 500 anos constitui este Brasil. A discriminação social, a opressão, a violência contra a mulher, infelizmente, é marca deste País. Há muito pouco tempo, nós constituímos um sistema democrático que, com certeza, é o melhor sistema, não da forma como ele está, mas a forma de organizar a nossa sociedade e construirmos uma nação é através da democracia. Esse deve ser o sentido da evolução para a realização plena da liberdade, da autonomia e da independência do nosso País que passa pela igualdade, pelo fim da injustiça e da violência. Com certeza, esses são os desejos que temos para o País ao celebrarmos esta Semana da Pátria.

Participei de dois momentos que considero emblemáticos dos movimentos sociais e populares, da sua forma de celebrar a Semana da Pátria: a plenária nacional da Frente Brasil Popular, em Belo Horizonte, no sábado passado; e do Grito dos Excluídos, logo após o nosso Desfile Militar. Quero falar disso, sem desprestigiar os militares aqui presentes, porque são todos cidadãos e cidadãs. Esses dois movimentos se referem a mudanças importantes que o País deve fazer. Na minha avaliação, a votação no Congresso ontem, revertendo medidas importantes, é contrária à celebração da Semana da Pátria. No momento em que o Congresso Nacional mantém o financiamento empresarial de campanha, mantém o fulcro, a origem da corrupção neste País. Porque, se a eleição da representação da cidadania passa pelo poder econômico, não será a cidadania que será representada, não serão os direitos; será o poder econômico, o poder das corporações.

Essa é, lamentavelmente, uma contrarreforma, é uma contraindependência que o Congresso Nacional promoveu na Semana da Pátria, neste País. E os dois movimentos, o Grito dos Excluídos, a Frente Brasil Popular, promoverá atos, no dia 3, pela defesa da soberania, pela defesa da Petrobras, da nossa riqueza; defendem, exatamente, que nós precisamos fazer reformas do Estado Brasileiro. As medidas todas colocadas aqui, as medidas que o Governo mandou para o Congresso em relação à corrupção são uma ponta, mas nós temos que fazer uma reforma política, de fato, que permita que o cidadão tenha o seu voto refletido na urna, a sua vontade, e que as mulheres estejam no Parlamento, que os negros estejam no Parlamento, que a juventude esteja no Parlamento, que a pauta dos movimentos sociais esteja no Parlamento; e não 75% do Parlamento representado por empresários! Não é essa a composição do povo brasileiro.

Nós temos que fazer uma reforma tributária. Quando se diz aqui, cada um que faça a sua parte, nós temos 71 mil brasileiros que não pagam imposto de renda, porque eles não têm a renda de salário – assalariado – e porque a distribuição dos lucros das empresas não tem nenhuma taxação de renda – os lucros e os dividendos. Quem tem lucro e dividendos não paga imposto de renda. Quem tem mais riqueza neste País, não paga imposto de renda; e o pobre paga imposto de renda, porque paga no feijão, no arroz, mesmo não tendo entrado na faixa da tributação do seu salário.

Então, nós precisamos fazer essa reforma, porque o Estado Brasileiro é profundamente desigual, e nós precisamos construir um Estado que tenha capacidade redistributiva, para garantir que as pessoas comam, morem com dignidade, tenham transporte público, educação e saúde.

E nós precisamos enfrentar o tema da concentração de terras, porque hoje a pequena propriedade é a que mais produz alimentos neste País. A gente sabe que no Rio Grande do Sul as áreas dos grandes latifúndios são as que têm mais miséria, menos empregos. As áreas que promovem a exploração da terra com os desertos verdes não oferecem empregos; quem oferece emprego é a zona sul, a zona da serra do Rio Grande do Sul, que é onde as pequenas propriedades multifamiliares empregam, superpotencializam o uso da terra, para falar de algumas mudanças que o Brasil está muito longe de produzir. O Brasil está ensimesmado numa guerra política e, lamentavelmente, um Congresso que vocifera criticando o governo, criticando as corrupções não consegue encerrar com o centro, com a origem da corrupção, que é o financiamento empresarial.

Então, eu quero aqui dizer que o meu grito de independência é o grito dos excluídos, é o grito dos que trabalham para receber o seu alimento, dos que não aceitam mais a corrupção, dos que não aceitam mais que o poder econômico tenha tanta influência, seja no Parlamento, seja no Judiciário, seja no Executivo.

E que nós, de fato, possamos construir um País de justiça social. Esse é o grande desejo. Uma boa Semana da Pátria para todos e todas.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon.

O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RODRIGO MARONI: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Boa tarde, Presidente, minha referência como pessoa e como amigo, um colega que eu estimo muito – fico feliz de vê-lo presidindo os trabalhos, João Carlos Nedel. Tu sabes que participo de várias atividades tuas, porque são sempre muito sérias. Boa tarde, meu colega, Villela, querido, o qual também tenho a honra de convidar para, no ano que vem, poder sentar ao meu lado – eu convidei o Ver. Nedel e convido a ti para dividirmos cadeira no ano que vem. Também faço menção que, no dia 6 de setembro, foi aniversário da Câmara.

Ver.ª Mônica, tu sabes bem que somos muito amigos e tenho um carinho muito especial pelas tuas pautas e pela forma como tratas a política. E, por sermos humanos, não somos iguais em tudo, pensamos iguais, mas conseguimos ter uma concepção de valores e de caracteres aparecidos, o que eu acho muito bacana. Essas pautas que trazes, normalmente, são muito relevantes por isso. Trazer o Exército aqui, na Semana da Pátria, eu acho que é um simbolismo muito grande.

Aqui, ouvimos falar de corrupção na política. Eu lamento hoje, infelizmente, a contradição da nossa democracia, o quanto os partidos políticos estão fragilizados nessa democracia, as instituições partidárias estão fragilizadas, o que cria um conjunto de contradição e de corrupção. Eu às vezes penso que, de certo modo, chegamos no limite do limite, e o Estado funciona porque tem que funcionar, porque pior do que está não teria como fazer.

Não é gratuito que – e aqui não estou fazendo apologia, até porque eu tenho convicção de que muitas pessoas do Exército mesmo são a favor da democracia –, quando há contradição ou conflito, muitas pessoas referendam o Exército brasileiro como uma alternativa. Há alguns dias, havia quem pedisse, inclusive, a volta do Exército. E aqui não estou fazendo apologia disso. Mas por que isso acontece? Pela credibilidade do Exército enquanto instituição, coisa que a política não conseguiu construir lamentavelmente, coisa que muitos órgãos públicos não conseguiram construir e, por isso, não funcionam. Então, o papel do Exército é fundamental. E como é bom viver num país que consegue ter um Exército fortalecido, uma instituição séria!

Não é por nada que, ontem ou anteontem, o Prefeito Fortunati sugeriu que a Força Nacional acompanhasse o que acontece em Porto Alegre – pela credibilidade da instituição.

Fico feliz de viver num país onde não há guerra. Imaginem vocês o quão difícil é na Síria – a gente viu aquela criança que morreu na beira do mar, porque teve que fugir do seu país, por não ter um país onde conseguisse viver com liberdade. Na Palestina, palestinos morrem com funda, tomando bomba na cara, sem ter como se defender. Isso é fruto e consequência de como um país constrói a relação e como o respeito entre os países é importante.

Graças a Deus, eu, particularmente, com 34 anos, não participei de guerra nenhuma e tenho muito orgulho de ter uma instituição como o Exército nacional com a credibilidade que tem.

É muito importante, nesta Semana da Pátria, comemorarmos. Tem muita coisa para avançar, muita política pública para avançar – em todas as áreas faltam lamentavelmente. E temos uma instituição que poderia ser exemplo, vocês têm muito a nos ensinar enquanto exemplo para a política, para que possa, de repente, melhorar esta situação no futuro.

Então, parabéns ao Exército, parabéns à Mônica por trazer esta pauta, e eu fico muito contente de estar comemorando aqui na Câmara Municipal junto com vocês.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falar sobre o Exército é uma honra para nós, assim como falar no Sete de Setembro. Sempre falo com muito orgulho do Exército, pois tive a oportunidade de servir na 6ª Divisão de Exército por dez meses e quinze dias. Saí na primeira turma, mas aprendi muito: aprendi a ter compromisso com horário, a respeitar os outros, a respeitar a hierarquia do nosso quartel. Respeitar as pessoas a gente aprende de berço, mas, sempre que chegamos aos 17 para 18 anos, perto de servir, já ficamos pensando sobre como será o quartel. Muitos pensam que é de um jeito, outros não sabem o que vai acontecer, mas, com certeza, eu posso falar de coração que, para mim, Presidente Nedel, foi muito gratificante ter servido, ter aprendido bastante. Quando falo do Exército, falo também do nosso Coronel-aviador, pois tenho o maior respeito pelo senhor e por seus comandados. Nós damos um valor imenso e temos muito respeito pela farda. Muitos pensam: “A farda não é nada.” Mas como não é? A farda é tudo! A farda impõe respeito. Não é para qualquer um estar no Exército hoje, não é para qualquer um estar junto ao nosso Coronel-aviador, não é para qualquer estar na Aeronáutica.

Falando também em nome do Ver. Airto Ferronato, meu Líder de partido, quero dizer que temos a maior honra, o maior orgulho em tê-los aqui hoje. A Ver.ª Mônica, como sempre, nos traz uma alegria imensa, sempre proporcionando este tempo para nós na Semana da Pátria. Muito obrigado.

Esperamos que, no próximo ano, estejamos juntos aqui de novo, Coronel Cantagalo, para honrar e comemorar esta semana tão importante para nós, tão gratificante. Sempre teremos o maior respeito pelos nossos militares. Hoje mesmo, já se falou aqui que se pensa nos militares para a situação da segurança, do que, não tenho dúvida, cada vez precisaremos mais. As pessoas que não davam valor para o Exército hoje já pensam diferente. Aquelas pessoas que não conhecem nada do Exército dizem: “Ah, o Exército está lá, o pessoal não está nem aí.” Não! O pessoal está trabalhando dia a dia, fazendo as suas instruções para defender o nosso País no que for preciso. Não é fácil, não! Não é chegar, colocar uma farda e dizer “eu sou do Exército”. Não é assim! Muitos pensam assim, mas eu digo porque convivi no Exército. Cada vez mais, as pessoas vão ter o maior respeito pela farda, pelos nossos militares, pelos nossos soldados, sargentos, tenentes, coronéis, enfim.

Eu quero dizer, de coração, que vou deixar aqui um abraço e que tenho o maior orgulho em tê-los aqui comemorando esta semana. Com toda essa situação que a gente passa no País, Ver.ª Mônica, a gente tem esses momentos felizes, momentos de comemoração que temos que ter. Sabemos de certas coisas que estão erradas no País, a corrupção... Não dá nem para falar em corrupção, tenho até vergonha de falar nisso, mas é com o que convivemos hoje em dia, com esses falsos profetas que dizem estar fazendo o bem e, no fim, estão fazendo um mal terrível para a sociedade. Pregam o bem, mas estão fazendo, cada vez mais, com que a sociedade sofra, não tenha orgulho e não acredite em nós, Parlamentares. É uma vergonha!

 

O Sr. Márcio Bins Ely: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Paulinho Motorista, agradeço por esta oportunidade. Também quero me manifestar aqui, Presidente Nedel, cumprimentando os componentes da Mesa e os demais presentes. Às vezes, as pessoas não sabem da relevância, da importância que representa para o nosso País o Dia da Independência do Brasil. Então, eu quero aqui também fazer esse registro em nome do meu Partido, o PDT, agradecendo esta oportunidade. E quero dizer, Ver. Nedel, que é com muito orgulho, Coronel Cantagalo, que eu carrego comigo esta carteira de militar da reserva ativa! (Mostra documento.) E digo ativa, e falo aqui aos meus colegas de Exército, porque consta aqui nesta carteira que eu sou mobilizável, Coronel, até 2020. Ou seja, se precisar, estamos aí!

Quero dizer que, com muita honra, servi também à Cavalaria, como o Coronel; faço parte da Associação dos ex-Alunos e Amigos do CPOR, tenho estado no galpão da Engenharia nas terças-feiras, quando possível. E quero dizer que, realmente, é muito oportuno que esta Casa faça menção e que a Mesa Diretora tenha feito essa proposta de homenagem à Semana da Pátria e à Independência do nosso País: povo livre é povo soberano. Eu acho que nós temos que manter acesa essa chama do nacionalismo, que é muito importante, muito relevante para nós e para as futuras gerações. Obrigado, Ver. Paulinho. Agradeço pela oportunidade.

 

A Sra. Mônica Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Paulinho, Ver. João Carlos Nedel, falo em nome da Bancada Progressista, composta pelos Vereadores João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Guilherme Sociais Villela e por esta Vereadora. Eu gostaria de trazer um registro com muito orgulho: “Pesquisa elaborada pela Fundação Getúlio Vargas indica que as Forças Armadas respondem pelo maior nível de confiança entre as instituições nacionais, com índice de 68% das citações. A atuação das Forças Armadas, dentro ou fora do Brasil – nas missões de paz, na cooperação na área de segurança, nas obras de desenvolvimento ou nas situações de calamidade –, ocorrem em momentos de grandes desafios nacionais”. Eu queria registrar, principalmente após a fala da Ver.ª Sofia Cavedon, que nós, brasileiros, temos imenso orgulho do Exército, e a nossa esperança na Semana da Pátria está, sim, na família verde-oliva. Obrigada.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Caro Ver. Paulinho, meu querido companheiro de Partido, nosso PSB, eu não poderia deixar de cumprimentar, Presidente João Nedel, que está presidindo os trabalhos, o Sr. Júlio César Teixeira, que representa a Liga da Defesa Nacional no Estado; o Coronel Aviador José Eduardo Ruppenthal, representando o V Comando Regional aqui do Rio Grande do Sul. Registro a importância da sempre presença do amigo Coronel de Cavalaria Marcelo Cantagalo. Nesta semana em que se homenageia a Pátria brasileira, o 7 de setembro, a Independência do Brasil, uma referência ao Coronel Cantagalo merece ser feita aqui, até para que se expresse a presença do Exército e das Forças Armadas brasileiras no conjunto das questões políticas do País. O Coronel Cantagalo expressa este movimento aqui na Câmara Municipal de Vereadores, que está conosco, presente no dia a dia das nossas realizações. Quero dizer da importância deste nosso encontro, trazer um abraço aos senhores que estão compondo a Mesa e, essencialmente, também, aos senhores e às senhoras que estão conosco na tarde de hoje.

Quero fazer um pequeno registro: meu pai serviu, por três anos – já falecido –, na guerra, lá em Uruguaiana. Colono, ele tinha lá as suas questões de vibração, de euforia, de emoção, mas, quando se falava no Exército Brasileiro, ele ficava duas, três, quatro horas conversando sobre as questões do Exército – o que era, como era, o que ele fazia. Portanto, sempre tive, dentro da minha casa, meu pai, que era um entusiasmado pela Nação brasileira, como o são o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do nosso País. Um abraço e parabéns!

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: Obrigado, Ver. Ferronato.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero, antes de mais nada, agradecer a V. Exa. pela gentileza de me conceder este aparte no seu brilhante pronunciamento, na medida em que a ordem dos trabalhos assim determina. Eu quero, por conseguinte, saudar o Ver. João Carlos Nedel, que com muita justiça conduz os trabalhos desta patriótica sessão solene; saudar por igual o Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Estado; o Coronel de Cavalaria Marcelo Cantagalo dos Santos, nosso parceiro de atividades legislativas, na medida em que está frequentemente aqui e que representa o Comando Militar do Sul; e o Coronel Aviador José Eduardo Ruppenthal, representante do V Comando Aéreo Regional. Se ouso interromper V. Exa., é para que não passe em brancas nuvens a solidariedade do Democratas, minha e do Ver. Dinho, às homenagens que aqui se realizam. Acho que o momento especial em que vive o País, com dificuldades das mais diversas ordens, com crise política, econômica, ética, mais do que nunca nos autoriza e nos impõe que, neste período de setembro, façamos as homenagens à Pátria. A Pátria - que é superior a tudo isso - exige de nós, brasileiros, nesta hora, redobrada atenção e redobrado compromisso, porque, a essa pátria que nós amamos - e nós, gaúchos, somos brasileiros não por determinismo geográfico, mas por opção histórica, pois nós decidimos ser brasileiros na convulsão que o extremo sul das Américas vivenciou no século passado –, nós temos redobrada responsabilidade de, por mais complicado que seja o quadro político e administrativo da Nação, não faltarmos com ela. E isso nós temos que repetir no dia de hoje, nos valendo do espaço que V. Exa. gentilmente nos concede e traduzindo esse sentimento às autoridades civis e militares que estão presentes aqui no dia de hoje. O Brasil, nossa Pátria, o verde e amarelo, acima de tudo, em qualquer circunstância. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: Concluindo, Sr. Presidente Nedel, quero deixar um abraço a todos, às autoridades da Mesa, sem exceção, um abraço para o nosso Exército aqui presente. Gostaria de dizer que sempre será uma honra recebê-los, que estaremos juntos mais vezes aqui, com certeza. E, como disse o Ver. Reginaldo Pujol, a gente tem orgulho e honra de ser brasileiro, porque, apesar de tudo o que acontece no dia a dia, a gente tem que pensar que cada um faz um pouco para que a gente consiga sobreviver a tudo isso. Um grande abraço a todos, pessoal! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Paulinho Motorista. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. João Carlos Nedel, na presidência dos trabalhos; cumprimento também o Presidente da Casa, Ver. Mauro Pinheiro, ausente neste momento, mas é o proponente desta homenagem, e também a Ver.ª Mônica Leal que, representando a Casa, fez o pronunciamento de abertura desta Sessão, falando em nome de todos nós. Cumprimento o Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Estado; o Coronel Aviador José Eduardo Ruppenthal, representante do V Comando Aéreo Regional; e o Coronel de Cavalaria Marcelo Cantagalo, representante do Comando Militar do Sul; cumprimento todas as autoridades civis e militares pressentes.

Coronel Cantagalo, todas as vezes que venho aqui, eu – nós, os cavalarianos – faço aquele comentário: o que seria das demais forças de não fôssemos nós, da Cavalaria? Fazendo esse registro, Coronel Cantagalo, eu venho hoje tecer um comentário - e não lembro de ter feito alguma manifestação parecida com a que eu vou fazer agora: eu não fui Oficial, fui Soldado, por três anos, servi um ano na cidade de São Borja e dois anos na Polícia do Exército, em 1973, 1974 e 1975, respectivamente, e muito do que eu tenho, muito do que eu sou, com certeza, eu devo às Forças Armadas, só que eu sou um homem angustiado, eu sou um homem inconformado por várias coisas. Uma delas, Coronel Cantagalo, é porque não pude estar no dia em que votaram aqui a troca do nome da Av. Castelo Branco, e eu não estava aqui porque aquele projeto entrou e saiu várias vezes, por razões diversas, como, por exemplo, não dava quórum, mudavam estratégia de plenário, etc. - os senhores ficando aqui por duas horas já começam a sentir uma certa angústia, e o plenário é isso, então imaginem eu, que estou prestes a completar 11 anos aqui, e no próximo ano, ao completar 12 anos, despeço-me desta Casa, com muito orgulho, já é uma decisão tomada. Mas eu vou fazer uma crítica a todos os militares da reserva. Por que os da reserva? Porque eu sei que os da ativa têm todo um regramento e um comportamento que devem ser observados. Eu, muitas vezes, disse a alguns colegas que de forma irresponsável trazem alguns assuntos aqui, levantando alguns questionamentos por mais de uma vez: quem é o Comandante hoje das Forças Armadas? É a senhora Presidente Dilma! E todos estão subordinados à Presidente Dilma, pois não podem descumprir uma ordem da Presidente Dilma. E não pensem os senhores que estão me ouvindo que eu sou daqueles que defende intervenção militar. Se um dia isso acontecer, eu tenho farda, eu tenho lá, não há dúvidas, mas também não prego intervenção, não sou desses. Mas a minha crítica aos militares, aos grupos organizados democraticamente, socialmente e da reserva: tem que participar mais dos plenários desta Casa, da Assembleia Legislativa, dos parlamentos do Interior, do Congresso Nacional! Não pode deixar um segmento falar sozinho a vida inteira sobre um período duro para todos nós brasileiros. Muito duro, penoso! Eu condeno aqueles crimes bárbaros que aconteceram dos dois lados, mas eu fico a me perguntar: se nós não tivéssemos passado por aquela tempestade, que País seria este hoje? Eu não tenho dúvida: uma Venezuela, uma Cuba! Ou alguém tem dúvida? Então vamos parar com esse silêncio. As faculdades, os nossos colégios, todos têm um canto, uma fala organizada. A via só tem uma mão, só tem um lado, a história. Não é fazer defesa, vamos dizer a verdade! Eu fico muito chateado! E por que eu comento sobre os militares da reserva: porque naquele momento em que nós estávamos aqui debatendo aquele projeto de mudança de nome da Avenida Castelo Branco, que foi um cidadão que lutou na 2ª Guerra Mundial, um marco histórico, cuja memória deveria ser respeitada, atropelaram aqui como se ele fosse um torturador. Mas que torturador! E aí falharam os senhores da reserva, porque deveriam ter vindo, como costumeiramente vêm aqui, conversar com os parlamentares! Deveriam dar um pouco de luz, porque há muitas pessoas neste mundo que precisam de luz! Onde é que os senhores estão? Agora há um projeto tramitando nesta Casa que quer mandar o desfile da Pátria lá para o Porto Seco! E o que é que os senhores fizeram até agora? Nada! Eu não vi nada!

Não é fazer política partidária. Quem está servindo, quem está na ativa, nós sabemos que há todo um regramento e não deve evidentemente ter um envolvimento; agora, quem está na reserva, organizado, clube militar, por favor, esta Casa é aberta, esta é a Casa do Povo, e os senhores têm que participar, não podem mais ficar nos demandando isoladamente, aqui e ali, com constrangimento, não! Esta é a nossa Casa! E quem não está mais na ativa, tem essa obrigação, como tenho eu, como tem cada um dos senhores e das senhoras. Vamos parar com essa timidez, vamos sair e participar, porque nós, de bem, somos a maioria. Agora, nós não aparecemos, só quem aparece é um grupo radical que, enfim, leva os seus discursos demagogos – demagogos! Falam dos Estados Unidos, aí, quando têm férias, vão aos Estados Unidos – por favor! Vocês me desculpem o desabafo, estou aqui desde janeiro de 2005, então a gente vem administrando com tolerância, porque nós precisamos ter tolerância; agora, todos nós temos limites, e eu já tenho dificuldade hoje de ficar, Ver.ª Lourdes Sprenger, ouvindo a mesma coisa com paciência. Então, a minha paciência realmente está no limite e eu peço desculpa, porque acho que todos nós temos que ter um certo comportamento, enfim, responsabilidade. Mas eu não posso deixar de ser sincero: os senhores da reserva têm que participar mais ativamente das decisões da sociedade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Bernardino Vendruscolo.

Eu registro com muita honra a presença do Brigadeiro Paulo Roberto de Carvalho Ferro, ex-Presidente da Liga de Defesa Nacional; do Cel. Uirassú Litwinski Gonçalves, assessor de relações institucionais do V Comar; e do Cel. Marco Dangui, da Liga de Defesa Nacional. Com muita honra também quero fazer uma breve saudação aos presentes em homenagem a nossa Semana da Pátria, e dizer que esta Casa também sedia a mostra intitulada: “Brasilidades: Meu Jeito de Ser Brasileiro”, promovido pela Liga de Defesa Nacional, que está lá no térreo desta Casa, e tem também a colaboração com a Secretaria Municipal de Educação. Como parte das comemorações dos 193 anos da Proclamação da Independência, essa exposição homenageia os 150 anos do poeta Olavo Bilac e o sesquicentenário da retomada de Uruguaiana, da Guerra do Paraguai – o Ver. Ferronato, provavelmente, tenha nos falado aqui que o seu pai esteve lá.

O poeta Olavo Bilac, que fala muito claro sobre a Pátria, tem aquele verso antológico que diz (Lê.): “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás país nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste!”. Então, nesta Semana da Pátria, neste mês de setembro, que evoca a nossa Pátria, o nosso mês da Bíblia e da Guerra dos Farrapos, nós precisamos enaltecer o civismo, como aqui falou a Ver.ª Mônica Leal, na saudação que fez a todos os nossos homenageados.

São Tomás de Aquino disse muito claramente: “Sentimos pela Pátria essa mesma piedade filial que devemos a nossos pais e a Deus”. O nosso grande Rui Barbosa, em seu inesquecível discurso, pronunciado na formatura no Liceu do Colégio Anchieta, em 1903, afirmava (Lê.): “A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. (...) A pátria não é ninguém, são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.

Portanto, meus amigos, nascer é um acidente, viver livre é uma necessidade e morrer livre é uma obrigação. Saudemos a nossa Pátria! Viva o nosso País, a nossa Pátria, a Mãe, a Terra nossa muito querida!

Com muita honra, passo a palavra ao Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Estado.

 

O SR. JÚLIO CÉSAR TEIXEIRA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quase dois séculos após a Proclamação da Independência, impõe-se ao Brasil meditar sobre o caminho percorrido, ajuizar-se da própria fidelidade na conjugação dos ideais de agora com os ideais da geração que nos legou esta Nação. São tantos os heróis, como Tiradentes e José Bonifácio, símbolos da nossa liberdade política; Caxias e Tamandaré, que sustentaram com denodo a bandeira de nossos avós; Pedro, Imperador que morreu no exílio, na certeza da justiça de Deus, na voz da história; Deodoro, que proclamou a República, consolidada por Floriano; Rui, batalhador incansável do Direito e da Justiça. E os pensadores que se destacaram no verso e na prosa, desde o Barroco, de Gregório de Matos, até o moderno Érico Veríssimo, passando pelo romântico Castro Alves, o excedível poeta da Abolição e da República, e parnasiano Olavo Bilac, ilustre fundador da Liga da Defesa Nacional, preservadora dos valores pátrios, os quais difundimos como comportamentos necessários para que exista uma cidadania responsável, para que as pessoas participem, realmente, na comunidade em que vivem. Esses valores têm vários nomes, pode ser coragem, tolerância, patriotismo, compromisso, lealdade, solidariedade, participação, pluralismo ou civilidade. Ter coragem significa ter força para defendermos as nossas ideias e criticarmos o que consideramos estar errado. Sem coragem cívica, o cidadão pode ser influenciado pelos líderes de opinião, pela comunicação social e pelas pessoas que tenham maior poder na nossa sociedade. Tolerância é a capacidade de aceitar posições e pontos de vista diferentes dos nossos, desde que sejam baseados no respeito pela dignidade humana. O patriotismo é uma virtude fundamental de qualquer democracia. Ser patriota significa respeitar os princípios e os valores defendidos pelo nosso País. A solidariedade significa preocuparmo-nos com o bem-estar dos outros; sem solidariedade não conseguimos enfrentar os grandes problemas da sociedade. É necessário que o povo brasileiro, herdeiro e continuador de nossa história – heroísmo e tradições culturais – reflita sobre os nossos verdadeiros valores pra que possamos evitar a degeneração metódica e desrespeitadora da nossa cultura, de nossa língua e de nossas raízes. Cabe ao cidadão entender que ser patriota é pensar em formas de mudar o nosso País, transformando-o em uma sociedade mais dinâmica e igualitária, reduzindo a desigualdade social e extinguindo a corrupção.

Que os 193 anos de Independência agucem nossa consciência, despertem nosso patriotismo, acordem nosso civismo. E, assim, possamos frustrar os inimigos da Pátria, mostrando ao Brasil que é possível manter os nossos princípios e resgatar os nossos valores.

 

(Procede-se à apresentação de PowerPoint.)

 

O SR. JÚLIO CÉSAR TEIXEIRA: Eu peço aos Excelentíssimos Vereadores, ao Presidente desta Casa, que me permitam manifestar a nossa opinião sobre o projeto de lei que tramita nesta Casa, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que pretende transferir para o Complexo Cultural Porto Seco todos os desfiles e paradas de caráter civil, militar e folclórico. Referindo-nos a apenas uma das justificativas do Vereador, queremos dizer que, no nosso entendimento, incentiva-se a inclusão social quando se proporciona aos ditos excluídos a oportunidade desses desfrutar das nossas praças e parques, dos nossos espaços culturais existentes no Centro Histórico de nossa Cidade, da beleza natural do Parque Marinha do Brasil, em contraste com o céu azul e o sol radiante como nós vemos nesta foto. Onde, de fundo, podemos avistar as navegações do Guaíba e relembrar a esquadra de Cabral.

Na outra foto, nos podemos ver esse panorama que estou narrando para os senhores ­– ao fundo, vemos uma embarcação passando no momento em que se homenageia a Pátria, o que nos traz à mente os nossos descobridores; e não ao contrário, levando o povo para um local degradante, como o Sr. Vereador caracterizou nas suas justificativas. Fica o nosso registro e o pedido para que os nossos representantes desta Casa não privem os brasileiros de homenagear a Pátria num lugar privilegiado pela natureza, como é o caso da Av. Edvaldo Pereira Paiva. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Sr. Júlio César Teixeira, Presidente da Liga de Defesa Nacional, que no próximo ano estará comemorando o seu centenário de fundação. Quero cumprimentar a todos os integrantes da Liga por sempre defenderem o civismo e a liberdade da nossa Pátria.

Convidamos a todos os presentes para cantar o Hino Rio-Grandense, e, logo após, o Hino da Independência.

 

(O Hino Rio-Grandense e o Hino da Independência são executados pela Fanfarra do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda.)

                           

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Agradecemos a presença dos senhores convidados. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h40min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel – às 15h41min): Estão reabertos os trabalhos. Convido os Vereadores e as Vereadoras para participarem do ciclo de palestras que se realizara nesta Casa, semana que vem, em virtude da realização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes, promovida pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. As palestras abordarão assuntos relativos à segurança no trânsito e no dia a dia, ergonomia, saúde, qualidade de vida e a segurança no trabalho no serviço público e ocorrerão dos dias 14 a 18 de setembro no Plenário Ana Terra. O tema da SIPAT neste ano é “Qualidade de vida é ter saúde e segurança no trabalho!”

 

O SR. KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a transferência do período de Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. João Carlos Nedel, na presidência dos trabalhos; demais Vereadores, público que nos assiste, quero fazer o relato de viagem do dia 14 de agosto, em que fui convidado para participar, em Alegrete, junto da Associação dos Vereadores da Região da Campanha, da União dos Legislativos da Fronteira Oeste, do Conselho Regional do Desenvolvimento da Campanha e do Conselho Regional de Desenvolvimento da Fronteira Oeste para proferir uma palestra na Câmara Municipal da cidade de Alegrete a respeito do Parlamento Metropolitano da Grande Porto Alegre, a qual eu presido, como Presidente da Câmara de Vereadores. A nossa Câmara foi a idealizadora e proponente desse Parlamento, do qual hoje participamos, com mais 33 Municípios da Região Metropolitana, Ver. Márcio Bins Ely. Então, os Vereadores daquela Região mostraram interesse e nos convidaram para que fôssemos até Alegrete falar a respeito do nosso Parlamento Metropolitano.

Quando estive lá, relatei sobre o que temos feito na Região Metropolitana, como foi fundado, qual o nosso estatuto, quais os nossos objetivos como Parlamento Metropolitano. E os Vereadores, tanto da Fronteira quanto da Campanha se interessam muito. Nós já repassamos a documentação, e eles estão estudando a possibilidade, e vão realizar lá também os Parlamentos regionais, para que essa ideia se difunda. Então, nós fomos até lá, explicamos como está funcionando o nosso Parlamento Metropolitano, que teve uma aceitação muito grande. Nós estamos ajudando, através da documentação do nosso Parlamento, e repassando a essas unidades. Com certeza, em breve, teremos outros Parlamentos regionais, dessa forma melhorando o debate nas nossas Câmaras, possibilitando um intercâmbio entre os Vereadores, melhorando a qualidade dos nossos Parlamentos, fazendo a discussão sobre o estatuto, sobre o funcionamento, sobre o Regimento Interno de cada um, sobre como funciona cada Câmara. E também buscando, juntos, melhores condições para debater os problemas comuns das regiões.

Foi bastante interessante essa relação com eles, com a Fronteira. Tivemos a presença de diversas lideranças, de Vereadores da Campanha e da Fronteira, entre eles o Sr. João Sérgio Machado, Presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da Campanha; Ver. Luís Fernando Torres, o Boca, Presidente da Associação de Vereadores da Região da Campanha; Ver. Celeni de Oliveira Viana, Presidente da União dos Legisladores da Fronteira Oeste; Ver. Hidelbrando dos Santos, Presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da Fronteira Oeste; a Presidente da Câmara de Alegrete. Deputados Regionais participaram durante a manhã desses debates: Deputado Frederico Antunes, vários outros Deputados. Então, foi uma manhã bastante movimentada, quando se discutiu a legislação como estamos propondo aqui na Região Metropolitana.

Nós esperamos ter ajudado no sentido de que se construam Parlamentos regionais. Esta foi a nossa viagem a Alegrete, que, na minha opinião, foi bastante proveitosa, trocando ideias das regiões, entendendo um pouco sobre o que está acontecendo na região, para que nós, Vereadores, possamos cada vez mais trabalhar em conjunto, para, juntos, buscarmos soluções para os problemas comuns das nossas cidades, da nossa região, do nosso Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, ilustre Presidente Mauro Pinheiro.

O Ver. Idenir Cecchim, na condição de Líder da Bancada do PMDB e nos termos do art. 218, § 6º do Regimento, solicita Licença para Tratamento de Saúde para o Ver. Professor Garcia no período de 05 a 19 de setembro de 2015.

Apregoo o Memorando nº 041/15, de autoria do Márcio Bins Ely, nos termos do art. 227, § 6º e 7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação da IV Convenção do Sistema Cofeci-Creci, Convenci, na cidade de Curitiba, no Paraná, no período de 13 a 15 de setembro de 2015.

Apregoo Ofício de autoria do Sr. José Fortunati, Prefeito, que solicita a apreciação do PLE nº 025/15.

Apregoo a Emenda nº 10, de autoria dos Vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Reginaldo Pujol, ao PLCL nº 020/11.

Apregoo o PLL nº 133/15, de autoria da Ver.ª Titi Alvares.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1536/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/15, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que regulamenta o exercício da atividade de educador social no âmbito do Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 1176/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/15, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que declara de utilidade pública o Sesomatr – Serviço Social Mary Taranger.

 

PROC. Nº 1454/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 135/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que obriga as empresas contratadas pelo poder público para prestação de serviços que utilizem veículos automotores ou equipamentos automotores, para essa finalidade, e que sejam remuneradas por quilômetro rodado, por hora trabalhada ou por roteiro pré-determinado ou estimado a instalar, nesses veículos ou equipamentos, dispositivo de rastreamento e monitoramento via satélite com tecnologia Global Positioning System – GPS –, Global System for Mobile – GSM – ou General Packet Radio Service – GPRS – e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1794/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 165/15, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, que inclui o evento Setenário e Festa de Nossa Senhora das Dores no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Eventos de Porto Alegre e Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre –, e alterações posteriores, na semana que inclua o dia 15 de setembro.

 

PROC. Nº 1874/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Monsenhor Augusto Dalvit o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Doze, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 1875/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 174/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jorge Babot Miranda o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Seis Mil Trezentos e Dezesseis, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 1876/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Marco Túlio Kalil Ferreyro o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Dez, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 1912/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Werno Finkler o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Dezesseis, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 1926/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 180/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ney Gomes Martins o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Dezoito, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 2806/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 256/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que declara de utilidade pública a Associação Gaúcha Amigos do Circo.

 

PROC. Nº 0578/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 056/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Rua Dona Francisca Alves o logradouro público cadastrado conhecido como Beco Um – Estrada João Antônio Silveira –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. Nº 1305/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 120/15, de autoria da Verª Ariane Leitão, que institui a divulgação dos números dos telefones gratuitos para denúncias referentes à violência contra a mulher nas áreas interna e externa dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 1670/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Rua Doutor Anísio Gomes de Souza Maia o logradouro registrado e cadastrado conhecido como Rua 3009 – Loteamento Verdes Campos –, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. Nº 1704/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/15, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que inclui Seções XI-A, com arts. 64-A e 64-B, e XI-B, com arts. 64-D, 64-E e 64-F, todos no Capítulo II da Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a legislação sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de proteção de animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o tema –, dispondo sobre esterilização e identificação de cães e gatos.

 

PROC. Nº 1760/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 016/15, que altera os §§ 4º e 6º, do art. 81, da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985 – que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre. (gozo de férias)

 

PROC. Nº 1886/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 176/15, de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que denomina Rua Doutor Osmar Pilla o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Quinze, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. Nº 1940/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/15, de autoria do Ver. Mendes Ribeiro, que concede o Diploma Honra ao Mérito à senhora Nádia Rodrigues Silveira Gerhard.

 

PROC. Nº 1964/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 023/15, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que inclui inc. IX no parágrafo único do art. 8º da Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a legislação sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de proteção de animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o tema –, incluindo o envenenamento de animais ou a colaboração para esse propósito no rol de ações ou omissões consideradas maus-tratos aos animais.

 

PROC. Nº 1965/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 185/15, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que denomina Avenida Deputado Adão Pretto o logradouro público cadastrado conhecido como Beco da Taquara, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. Nº 1984/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/15, de autoria do Ver. Mendes Ribeiro, que denomina Rua Cássia Eller o logradouro público cadastrado conhecido como Beco Dois – João Macedo de Freitas –, localizado no Bairro Ponta Grossa.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, evidentemente que a Sessão de hoje é extraordinária no que diz respeito à Pauta, período de discussão preliminar, porque nós temos alguma coisa em torno de 20 projetos que ingressaram na Casa, de autoria de vários Vereadores, do Executivo Municipal, enfim, a grande maioria é de origem de Vereadores, com andamento que agora se inicia, entre os quais, nós destacamos, Sr. Presidente, até pelas suas circunstâncias, o PLL nº 153/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Rua Doutor Anísio Gomes de Souza Maia o logradouro registrado e cadastrado conhecido como Rua 3009 - Loteamento Verdes Campos -, localizado no Bairro Mário Quintana. O Ver. Márcio Bins Ely foi de extrema felicidade ao propor esta homenagem a um cidadão que foi, em vida, um exemplo de dignidade e que, evidentemente, justifica plenamente ter o seu nome perenizado numa artéria importante de Porto Alegre, especialmente o Loteamento Verdes Campos, que é um loteamento modelar, colocado no bairro Mário Quintana, quase no limite do Município de Porto Alegre. Do loteamento, a gente visualiza o crescimento de Alvorada, um crescimento espetacular, que deve nos preocupar profundamente. A Região Metropolitana está crescendo enormemente. Nos jornais que divulgam propostas imobiliárias, nós observamos uma predominância absoluta da Região Metropolitana, e nos dizem que os empreendedores que isso se deve às dificuldades que encontram no Município de Porto Alegre de verem seus projetos licenciados. E V. Exa., Ver. Márcio Bins Ely, que passou pela extinta Secretaria do Planejamento, hoje SMURB, sabe muito bem das dificuldades que V. Exa. encontrou na oportunidade e até mesmo de situações que geraram injustiças, que espero que ainda sejam repostas, especialmente no Judiciário, com relação a alguns servidores seus que foram resolutos na sua tentativa de contribuir para que essas coisas não acontecessem da forma que estão acontecendo e que não foram devidamente compreendidos. Então, quando eu vejo, Vereador, esses inúmeros projetos de lei e vejo que V. Exa., Ver. Márcio Bins Ely, começa a competir com o Ver. Nedel na quantidade de projetos que denominam ruas, o que deixa o meu querido amigo, Ver. Cleiton, preocupado, porque o Ver. Cleiton há pouco me reclamava que deixam pouco espaço para as homenagens que ele também, como eu, agora deseja prestar a várias pessoas aqui na Cidade. Mas, Sr. Presidente, o que releva acentuar nessa discussão preliminar de Pauta é que fica muito clara a grande disposição dos Vereadores para contribuírem para o andamento da Cidade. E aqueles que criticam a Casa por denominar muitas ruas, eu digo a eles que eles desconhecem o cotidiano de Porto Alegre. Eles não sabem quanto isso significa em importância para o morador da Rua A, da Rua B ou da Rua C ter a sua rua denominada. É claro, Ver. Nedel, eu sou muito leve, muito sincero, eu não gosto daquele seu projeto que o senhor denomina dez ruas num projeto só. Acho que V. Exa. deveria fazer dez projetos, porque os dez têm significado, os dez resolvem uma situação de fato, onde os dez colocam objetivamente no mapa legal de Porto Alegre ruas que até então são identificadas como sendo a Rua B, a Rua C ou a Rua 14 e que geram constrangimentos de toda a ordem, inclusive dificuldades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no Departamento Municipal de Água e Esgoto, na própria Cia. Estadual de Energia Elétrica, que preparam as suas correspondências, os seus avisos, e têm dificuldade de localização. Então, Sr. Presidente, para todos aqueles que fazem esse tipo de restrição a procedimentos em que V. Exa. é campeão, por seu dinamismo, pela qualidade da sua equipe de assessores, a todos eles eu respondo dizendo que eles desconhecem a Cidade, desconhecem a natureza da periferia de Porto Alegre especialmente. E não são capazes de entender o quanto é importante para uma rua lá no limite de Porto Alegre ver denominada a sua artéria. Às vezes inclusive com confusão, não é, Ver. Nedel? Com nomes distintos, com choque, mas tirando do anonimato, criando essa condição objetiva de inclusão no mapa urbano da rua X, colocada lá, Ver. Kevin Krieger, em Belém Novo, no Lami, no Cantagalo, na Boa Vista, no Extremo Sul de Porto Alegre, ou do outro lado, no Extremo Norte, na Mário Quintana, que é no leste, ou quem sabe na Vila Santa Rosa, se ainda tiver alguma coisa para ser denominada na Santa Rosa e na Nova Santa Rosa.

Por isso, Sr. Presidente, faço este registro hoje porque de certa maneira se junta a uma predisposição do Município instituído na Lei de Diretrizes Orçamentárias e que Vossa Excelência, Ver. Nedel, porque ainda nesta semana, na Comissão que V. Exa. preside, técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação anunciaram uma dificuldade que verificam nos bairros mais tradicionais de Porto Alegre, que é a falta de identificação dos números dos prédios. Imagine V. Exa. as dificuldades onde a rua não tem nome e o número passa a ser absolutamente inconsequente, porque não há como se identificar. É difícil chegar lá na Restinga, e hoje há várias ruas na Restinga e na periferia que já foram denominadas e que não botaram a plaquinha na rua, Ver. Cleiton. E aí vem os caras dizerem: “Eu moro na rua B, moro na rua T, na X, e o Correio não chega nessa rua, não entrega a correspondência. Agora mesmo, em função de uma atividade partidária, um envio postal feito fora da minha cota, por conta do Partido, nós endereçamos a convocação para a convenção partidária para cerca de 1.700 pessoas. Até ontem, já tinham voltado cerca de 150 correspondências, todas com tipo de problema dessa ordem, dessa natureza. Então, Ver. Kevin Krieger, V. Exa. que é o grande Líder do Governo nesta Casa, nós temos que aprender uma coisa aqui, vamos cuidar essas coisas pequeninas, porque elas quando são somadas representam um grande problema. Esse da não identificação plena das residências, especialmente na periferia de Porto Alegre, é um grande problema da Cidade. E, de certa forma, quando nós atuamos aqui denominando as ruas, nós estamos contribuindo, objetivamente, para superá-lo. E é esse o trabalho que nós temos que ter, não, de criar tantos problemas para Porto Alegre, acabar com a maioria das vezes que obrigam, que determinam, que impedem em passar aquelas ruas, como eu digo, de libertação, de abertura, que trazem um bem objetivo, um bem positivo.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Passamos à

 

PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/10 minutos/com aparte)

 

4ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1959/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 024/15, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2016.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Reginaldo Pujol prossegue o seu pronunciamento para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem indicativos no sentido que tratei anteriormente, nós temos que acentuar, como temos que alterar e transformar algumas outras tantas leis. A lei no próximo exercício tem característica muito específica, eu já acentuei aqui num debate preliminar, de que a escolha da cultura como uma das prioridades é um fato que muito me alegra na medida em que ocorre, Ver. Delegado Cleiton. No momento em que correligionários meus, sem responsabilidade nessa área aonde aparece desacerto, mas que a gente pode cobrar das pessoas e eles têm a coragem de reconhecerem que por ação ou omissão houve alguns erros, como nós vimos há poucos momentos, há poucos dias, Ver. Cleiton, e que alguém veio me procurar para fazer a devida compensação que, ainda que tardia, é existente. Por tudo isso, não mais por outra razão, eu estive hoje, Sr. Presidente, daqui desta tribuna, no dia em que a Casa, de forma maciça, festejar o Dia da Pátria, e que nós contribuímos alguma coisa neste dia. Até para homenagear a Pátria nós temos que cumprir o nosso dever, cuidando das pequenas coisas antes que elas se transformem em grandes, porque, quanto maiores elas forem, mais difícil de serem tratadas. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.

O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste. Eu estava escutando o Ver. Reginaldo Pujol quando falou sobre pequenas ações serem tão importantes para os cidadãos e para a cidade de Porto Alegre. Não tenho dúvida, Ver. Reginaldo Pujol, que aquele cidadão que hoje não tem uma rua denominada sofre com muitas consequências, como, por exemplo, as suas contas e cartas não chegarem. Isso, Ver. Nedel, V. Exa. que é entendedor dessa matéria e trabalha muito nisso, além de tudo, é cidadania das pessoas.

Eu quero, Ver. Reginaldo Pujol, que esteve comigo, assim como o Ver. Nedel e o Ver. Delegado Cleiton, falar sobre um momento importantíssimo da nossa Cidade. Ontem, o Prefeito Fortunati assinou o contrato de início das obras da orla do Guaíba. Acho que é um momento histórico da nossa Cidade, é um investimento forte no lazer do nosso cidadão e também no turismo da nossa Cidade. Finalmente, teremos a nossa Cidade valorizando o nosso pôr do sol, valorizando a orla maravilhosa que nós temos na cidade de Porto Alegre.

Quero aqui, meu Vice-Líder, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Delegado Cleiton, Ver. Nedel e outros Vereadores que estiveram ao lado do Prefeito Fortunati e dos seus Secretários, agradecer a Prefeitura por esse investimento e por ter brigado para que isso acontecesse, porque essas obras, Ver. Delegado Cleiton, não são fáceis de fazer. Foi um trabalho minucioso da Prefeitura com o Tribunal de Contas do Estado; foram duas licitações desertas; na terceira, depois de um trabalho construído com o Tribunal de Contas do Estado, teremos em setembro o início das obras e esperamos que ela seja entregue no ano que vem. Eu não tenho dúvida de que será uma obra muito bem aproveitada pelos cidadãos, porque quem frequenta a Usina do Gasômetro hoje enxerga milhares e milhares de famílias lá. Nós teremos muitas coisas para mostrar aos turistas. Hoje, Porto Alegre é uma cidade de turismo de serviços, mas a nossa orla vai mudar essa história. O dia de ontem ficará gravado pelo empenho que teve o Prefeito Fortunati ao longo dos últimos anos.

Quem frequenta o parque Moinhos de Vento, o Marinha do Brasil, a Redenção tem hoje uma iluminação pública de alta qualidade.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. tem razão no seu pronunciamento, de tal ordem que pode até criar uma omissão em lembrar que o parque Moinhos de Vento está muito bem iluminado e deixar de lembrar que nós estivemos juntos no parque Marinha do Brasil que teve todas as suas quadras de esportes fortemente iluminadas, e que representa um ponto turístico noturno em Porto Alegre. Acho que esse trabalho de revitalização das praças que o Governo está desenvolvendo com muita eficiência se insere no discurso que eu produzi anteriormente, cuida de várias pracinhas e resolve um grande problema da cidade, que é criar a melhor condição para que a nossa gente possa viver melhor nas áreas públicas, nos verdes públicos e, sobretudo, de dia e de noite.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: O Ver. Pujol lembra, e acho que é muito importante, porque muitas vezes, apesar de se fazer essas obras nos parques da Cidade, de iluminação pública, que garante, sem dúvida nenhuma, apesar do momento que estamos vivendo, Ver. Delegado Cleiton, da questão da segurança, este é o papel do Município na segurança pública. Mas o Ver. Pujol lembra bem, e acho que é importante colocarmos para as pessoas que estão nos assistindo neste momento, que antes do investimento nos parques, da iluminação pública dos grandes parques da Cidade, mais de 130 praças das comunidades da periferia da cidade de Porto Alegre também tiveram o investimento do Poder Público Municipal na iluminação pública.

Então, eu fiz questão de fazer esse pronunciamento, Ver Nedel, que está presidindo esta Sessão, porque normalmente, os governo sofrem as críticas, mas quando fazem, e se faz muita coisa boa, muitas vezes a gente não escuta o reconhecimento. E o Prefeito Fortunati está de parabéns pelo trabalho que vem fazendo na Cidade, principalmente nesse investimento, que vai deixar um legado para a nossa Cidade, um legado para as pessoas desta Cidade usufruírem, que já usufruem, mas vão usufruir com muito mais qualidade, mas também a todos os turistas que vierem à nossa Cidade, sem dúvida nenhuma, sairão encantados com o espaço público de lazer e com o nosso pôr do sol, que não existe em nenhum lugar do mundo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; colegas e funcionários desta Casa; senhores e senhoras, eu queria, primeiramente, e até refaço as palavras do Ver. Kevin, no sentido de que foi uma luta muito grande com duas deserções na licitação – nós fizemos uma audiência pública aqui -, com certeza, após o prazo de 18 meses para terminarem as obras, nós vamos ampliar o espaço de convivência na cidade de Porto Alegre. Nós iremos ampliar o espaço de diversão, o espaço de turismo na cidade de Porto Alegre.

Eu fico muito honrado em poder participar desta gestão em que esse projeto será desenvolvido. Nós já tivemos, na gestão do Prefeito Collares, quando se instituiu a avenida, atrás do Beira-Rio, a Edivaldo Pereira Paiva, alguns protestavam – lembro-me de algumas ações contra essa avenida – e, posteriormente, outros Governos que, na época, protestavam contra a construção dessa avenida, desse espaço de lazer, utilizaram como se fosse sua obra, e transformaram aquela avenida, no que é hoje, em um espaço físico de final de semana para o porto-alegrense levar o seu chimarrão, a sua família para desfrutar aquele espaço na orla, e um dos melhores e mais bonitos pores do sol do mundo. Então, eu faço aqui esse adendo – se pode ser dito isso – às palavras do Ver. Kevin Krieger.

Outra questão, senhores, eu gostaria de deixar o meu protesto, o meu repúdio – falei que iria fazê-lo diante das câmaras, diante dos colegas desta Câmara – à situação que eu e o Ver. Reginaldo Pujol passamos na abertura da Semana Farroupilha no Acampamento Farroupilha. Esse repúdio é ao protocolo dos festejos e aos organizadores. Hoje fiz – não em nome de toda a Câmara, fiz em nome do meu gabinete – e encaminhei um ofício a eles porque não é a primeira vez que o nome da Câmara Municipal não é colocado no protocolo feito pela organização do Acampamento Farroupilha. Não sabem eles que, para aquele Acampamento, precisou de lei aqui no Legislativo de Porto Alegre; não sabem eles que cada ato tem que ser aprovado em lei aqui no Legislativo de Porto Alegre. Mesmo com a presença de 12 Vereadores, não citaram a Câmara, que é o principal. Não precisavam nem ter citado o nome dos Vereadores, mas deviam dizer que estava ali representada a Câmara Municipal de Porto Alegre, junto com outros Poderes, com outras Secretarias.

Reclamei na hora, e, como protesto, saí no meio da cerimônia. Como já disse, fiz um ofício, porque este desrespeito não vou aceitar mais.

Voltando à Pauta, temos vários nomes de ruas, dez projetos. Confesso que eu era um dos que dizia que Vereador não era eleito para colocar nome de rua, mas, no decorrer deste mandato, vendo como funciona verdadeiramente a Cidade de Porto Alegre, eu vi que nome de rua, senhores, muitas vezes, dá autoestima a quem mora naquele local. Favorece o recebimento de protocolos, de contas, favorece no momento de abrir uma conta. Então, mudei a minha opinião e acho muito justo que os Vereadores tenham este encaminhamento para que possamos colocar nomes de ruas. Gostaria de fazer um apelo aqui para que pudéssemos colocar mais nomes de ruas, nomes de líderes comunitários, de pessoas que agiram e agem em favor das suas comunidades, para trazê-los do anonimato, senhores, para a história local, porque as pessoas conhecem. No bairro Espírito Santo, onde moro, as pessoas sabem quem foi o Seu Joaquim, quem foi o Seu Mário, um dos primeiros moradores do bairro. E foram pessoas que fundaram a associação que até hoje existe, associação de anos e que trazia para dentro das suas associações as reivindicações e melhorias para aquele local. Então, acho justo, muitas vezes, que se coloque o nome daquele humilde, daquelas pessoas simples, mas que atuaram muito mais do que um grande comerciante que nunca esteve naquela comunidade. Creio que nós tínhamos que refletir sobre isso, vamos trazer para a história local quem fez verdadeiramente a história local. Acho que isso seria justo. Essa simplicidade seria justa para favorecer aqueles que foram simples, mas que lutaram por todos. Nós temos aqui o PLL nº 120/15, de autoria da Ver.ª Ariane Leitão, que institui a divulgação dos números dos telefones gratuitos para denúncias referentes à violência contra a mulher nas áreas interna e externa dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre. Esse projeto para mim tem grande relevância, porque nós travaremos um debate sobre um assunto que é do dia a dia das mulheres trabalhadoras, que cedo sobem nos ônibus, apertadas, na hora do pico, naquele ônibus lotado, dos estudantes e das estudantes que vêm, à noite, e sobem naqueles ônibus cheios de gente e ali sofrem violência moral, brutal, a qual muitas vezes a gente está vendo, sentado, e faz que não vê para não se incomodar. Seguidamente, a pessoa que está sofrendo aquela agressão, aquela violência, aquele desrespeito faz que não vê, também, para não se incomodar. Então, é importante esse debate. Pode não ser aprovado esse projeto, mas precisa vir à baila para que possamos discutir e firmar, quem sabe, uma lei e uma forma de fiscalizar esse tipo de ato.

Agradeço, meu querido Presidente, Ver. Nedel, cuja autoria da maioria dos projetos dessa Pauta eu pude dar essa sugestão. Quem sabe a gente coloque nome de rua de pessoas simples, mas que, realmente, atuaram dentro dos seus bairros. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Cleiton. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h22min.)

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